O poder das perguntas abertas

Nos negócios, como na vida diária, ter informação detalhada e relevante é essencial para uma boa tomada de decisão, pelo que a perguntas abertas nos permitem ter mais informação. Quantas vezes dizemos que os miúdos estão na “idade dos porquês”? Provavelmente lembramo-nos de quando éramos pequenos e querermos saber tudo, ou das nossas crianças nos “assaltarem” com perguntas, especialmente “porquê?”, e, logo, respondermos “porque sim”… Mas “porque sim” não é resposta, e não é, nem na vida, nem nos negócios.

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Na nossas empresas devemos ter dados bem fundamentados antes de tomar decisões: ao nível das vendas, por exemplo, pedindo às nossas equipas as verdadeiras razões para termos perdido “aquele” negócio. Ou na gestão, porque razão não conseguimos reduzir determinado custo, ou acelerar a implementação de um projecto?

Perguntas abertas

As perguntas abertas abrem caminhos mais ricos. Perguntar “porquê?” mais vezes, vai dar-nos respostas mais relevantes.

Concentremo-nos na gestão da actividade de vendas: quando perguntamos a um (a) gestor de clientes, porque não fechou “aquele” negócio que ia ajudar a atingir o objectivo do mês, vamos ouvir uma série de desculpas clássicas – o nosso produto é caro, a concorrência tem uma promoção muito agressiva, as “leads” de marketing são más, entre muitas outras.

Provavelmente o vendedor não sabe ao certo, porque não tem a informação toda. A razão é simples: não faz perguntas abertas, limitando-se, assim, a perguntas de “sim / não”, o que torna a comunicação mais pobre e ineficaz.

Processo de qualificação

Devemos ajudar as nossas equipas de vendas a comunicar mais eficazmente, logo gerindo de forma mais eficaz. Assim, eis alguns exemplos de perguntas a fazer ao cliente, por exemplo na fase de qualificação:

  1. “porque decidiu consultar o mercado agora?”
  2. “como espera solucionar o seu desafio?”
  3. “o que é mais importante para si?”
  4. “o que espera de nós?”
  5. “como podemos ajudar a sua empresa?”
  6. “quais os maiores desafios que tem na utilização do serviço actual?”
  7. “o que o impede de atingir os seus objectivos de negócio?”
  8. “o que poderia melhorar?”
  9. “o que falhou com o fornecedor actual?”
  10. “qual o impacto de não mudar nada?”
  11. “no anterior processo de compra, houve alguma restrição de orçamento?”
  12. “qual o processo de decisão de compra deste serviço?”
  13. “quais são as suas 5 prioridades de negócio para o próximo ano?
  14. “qual a melhor data para implementar o novo serviço?
  15. “que pergunta esperava e ainda não fizemos?”

Liderar o diálogo

É importante saber adequar as perguntas a cada momento, no processo. Cabe ao comercial manter o controlo e ouvir muito mais do que falar, assim sabendo esperar e jogar com o silêncio. Desta forma, na negociação, depois de já ter apresentado a proposta, há perguntas críticas que irão acelerar a decisão:

  • “que dúvidas suas ainda não esclarecemos?”
  • “já concordámos que este serviço teria impacto positivo no seu negócio; o que ainda o impede de avançar?”

Aqui teríamos a oportunidade de fechar um pouco a pergunta e definir a agenda: “ se bem percebo, na próxima semana terão uma decisão – posso ligar-lhe 3ªf? 10h, está bem para si?”

Em suma, cabe ao profissional de vendas gerir o processo e aumentar a probabilidade de concluir a venda: quanto mais informação reunir, melhor poderá responder e com mais eficácia.

Um bom processo de qualificação é meia-venda

A venda é em grande parte a “relação”, o interesse pelo negócio do cliente e por encontrar a solução mais adequada, logo deverá, acima de tudo, ser um consultor. Mesmo quando perde o negócio – é fundamental perceber porquê.

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